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Twitter divulga 10 milhões de post ligados à interferência externa em eleições


O Twitter quer a ajuda de acadêmicos para lidar com trolls na plataforma, assim chamados os usuários tóxicos que espalham discórdia na rede. A empresa divulgou um arquivo com quase 10 milhões de tweets de contas para que pesquisadores possam estudar como estes perfis são usados para influenciar debate público nas redes sociais.

“No começo, nós nos comprometemos com o Congresso dos Estados Unidos e o público para fornecer atualizações e informações regulares sobre nossas investigações a respeito de interferência externa em conversa de política no Twitter”, informa o chefe de integridade do Twitter, Yoel Roth, em post no blog da empresa.

Os posts são relativos a conteúdos publicados entre 2013 e 2018, sendo que 90% são originários de 3800 contas relacionadas ao Internet Research Agency, da Rússia, e outros 10% de 770 contas de usuários do Irã.

Com os dados, alguns órgãos já começaram a trabalhar no conhecimento de estratégias desses grupos em tentar influenciar a opinião pública. Por exemplo, em post no Medium, um grupo de pesquisa forense de Atlantic Council (DFR Lab) já identificou algumas características muito parecidas com as de interferências nas eleições dos Estados Unidos em 2016, atreladas ao caso Cambridge Analytica.

Tais métodos envolvem a polarização de comunidades, focando em ataques contra o outro, além de publicações em países nos quais grandes eventos políticos estão acontecendo, como as eleições.

“Está claro que operações e comportamentos não autênticos coordenados não vão terminar. Estes tipos de táticas estiveram por aí desde que o Twitter existe — eles vão adaptar e mudar na medida em que o terreno da política evolui mundialmente e novas tecnologias surgem”, explica Roth.

Já o DFR Lab acredita que a luta contra este tipo de interferência no debate local de redes sociais deve passar também por uma conscientização do usuário. “Identificar operações futuras de interferência externa, e reduzir o impacto delas, vai exigir consciência e resiliência das comunidades ativistas afetadas, não apenas de plataformas e da comunidade open source”, pontua a empresa no Medium.

Caso você esteja pesquisando algo neste sentido e queira saber como usar os dados do Twitter, basta entrar no site dedicado à integridade da rede social.

Fonte: Twitter, Medium

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